A difícil missão de se praticar EMPATIA
Vez ou outra, alguém vem com uma postagem, um vídeo, um comentário ou um artigo idiota para questionar meu trabalho. Minha reação inicial, normalmente, é mandar a pessoa tomar no centro do ..!
Bem, mas é só minha reação imediata. Depois eu respiro, leio e tento do fundo do meu coração me colocar no lugar daquele cidadão e tentar entender o motivo de ele ser um babaca.
Bem… não está dando certo porque estou escrevendo este artigo em um dia que estou super de mal com a vida. Mas vamos ver se até o final dessa resenha a bad vibe passa. É com esse objetivo, afinal, que escrevo agora. Para tentar me divertir.
Mas, voltando ao assunto da empatia. Palavra linda, cheia de significado. E é a coisa mais difícil de se colocar em prática. Todos os dias saímos por aí julgando todo mundo. Basta um pequeno deslize (que na cabeça da pessoa que o cometeu nem era um deslize), para sairmos com nossas foices e capuzes para apontar, acusar, ridicularizar.
Aliás, antes fosse apontar o dedo na cara, que assim a reação da pessoa acusada seria imediata. Não, o que acontece é que apontamos o dedo no teclado, na imensa zona de conforto virtual que protege a hipocrisia nossa de cada dia.
Ahh, as redes sociais… lugar perfeito para escrever textão falando do outro, para dizer o quanto o outro contador pratica um preço barato e é um absurdo, para dizer que a classe contábil é desvalorizada porque o outro é antiético, para dizer que vai desistir de fazer Contábeis porque o outro não oferece oportunidade de emprego, para falar que não adianta fazer diferente porque o outro não muda, para dizer que a classe é desunida porque o outro não oferece ajuda.
Fala sério né, quem nunca?
Bem, falar mal do outro sem entender o contexto é, sem dúvida, o oposto de exercer a empatia.
Mas como podemos, então, aprendermos a ser empáticos? Já digo: fazendo uso de outro atributo genuinamente humano, a GENEROSIDADE.
Certa vez, quando eu estava num flow insano de fechar contrato atrás de contrato usando o Fatto Dashboard (precursor do Nucont) como argumento de venda, eu percebi que aquilo poderia ser muito mais que um produto, poderia ser na verdade uma ideia de um novo negócio.
Fui atrás da maior referência que eu poderia ter sobre modelos de negócio inovadores. Mandei uma mensagem para aquela pessoa, toda entusiasmada diante daquela novidade que estava ali diante dos meus olhos, e que poderia se transformar em algo muito maior.
Eu queria mostrar pra ela tudo isso, contar minha história, dividir essa minha conquista, e ouvir a opinião de um especialista no assunto.
A pessoa respondeu e eu quase tive um infarto de felicidade. Mas a resposta, na verdade, foi uma série de umas 5 perguntas, onde a conclusão ao final do questionário das perguntas foi: se você não consegue responder essas perguntas, você tem um produto, não um negócio.
Uow, meio grosseiro, mas fazia sentido isso. Eu realmente tinha um produto mesmo, que eu estava justamente naquele momento querendo transformá-lo em um negócio. Respondi todas as perguntas, uma a uma, e um tempo depois a pessoa respondeu de volta com um…. joinha.
Com um joinha, velho.
Com a porra de um joinha.
A pessoa, que era minha referência, agiu com desdém a tudo que eu tinha construído até ali e me deu uma resposta de merda.
Bem, no meu entendimento, faltou naquele momento uma bela dose de GENEROSIDADE daquela pessoa. Em se doar para entender minha dor, em genuinamente demonstrar interesse em me ajudar, afinal esse era um dos seus motes profissionais. Fazia parte do trabalho dela.
Cara, como fiquei emputecida com essa situação… Mas só que tem uma coisa. Quando eu fico puta com algo, eu tenho uma grande capacidade de transformar essa raiva em execução. Assim como estou fazendo agora, escrevendo este artigo.
E tudo que aconteceu depois, a criação e o sucesso do Nucont e do Movimento Contabilidade Sem Chatice, em uma certa dose foi em resposta a todos aqueles que nesse processo me disseram não, que me disseram que não ia dar certo, ou simplesmente me desdenharam.
E tudo que foi construído até aqui com essas duas frentes, CSC e Nucont, foi tendo a generosidade como um pilar. De compartilhar tudo o que eu sei. De dar, dar, dar, dar… e talvez receber depois. De me doar absurdamente a uma causa: a do contador ser mais valorizado como profissional.
Causa essa que já me deixou doente mentalmente, que já me fez querer pular da janela de dor e sofrimento, que todos os dias me faz questionar a importância e o valor do que estou fazendo.
Então, a todos vocês que me julgam, que criticam meu trabalho, que escrevem comentários de ódio contra mim, vão todos se foder. Não tem pessoa nesse mercado contábil que seja mais generosa do que eu.
E com relação a empatia, bem… faltou empatia da minha parte de me colocar no lugar da pessoa que me respondeu com um joinha. Estava ela passando por um problema naquele momento? Estava ela acreditando que estava me dando uma boa resposta?
Pois é, eu disse pra você que empatia é uma coisa difícil de se praticar. Portanto, eu quero que essa pessoa se exploda! hahahah
Me desculpe leitor, mas esse é o artigo mais non-sense que já escrevi. Mas, na boa? Eu me diverti com ele. E era isso que eu queria.
Beijos e até a próxima.